Tantas palavras. tanto conteúdo. tanta confusão. Faço pausas com ponto para ir mais devagar. Divagando toda minha vida. Queria escrever algo forte, emocionante, duro, mas reconfortante. Sempre soube que era escritora, todo dia escrevo, apesar de nunca ter escrito nada. Nada que eu já não tenha lido ou escutado. Como estou me sentido? Bem, eu estou me sentindo covarde. Eu sempre achei que era preguiçosa, e realmente sou. Mas a minha preguiça tem uma fonte, a covardia. Eu vivo com medo. Não queria falar do meu medo, que tema estúpido. Mas se não falar do meu medo terei de parar por aqui, porque é a única coisa que me vem a cabeça além das outras milhares, as quais não quero transformar em escritos. Sabe do que tenho mais medo? De estar certa. Se eu estiver certa terei uma casa com três quartos, um banheiro, sala, cozinha e uma arinha nos fundos, provavelmente terei uma churrasqueira, essa casa será aqui na minha cidade. Terei um marido não muito inteligente mas gentil, não tão atraente mas poderei apresentá-lo para os conhecidos sem ter vergonha, ás vezes, no final de semana, iremos sair para alguns desses shows sertanejos. Terei filhos: 2 ou 3, conseguirei colocá-los em uma escola particular, em uma mediana, aqui na cidade. Terei um carro, claro nunca o do ano.
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